24 de setembro de 2010

Yes, he can... go!

Foi com enorme felicidade e regozijo que recebi a notícia dada a conhecer ao mundo através de comunicado da Casa Branca, a meio desta semana: Lawrence Summers, Conselheiro Económico de Barak Obama, demitiu-se. Melhor, deixará de aconselhar o Presidente até ao final do ano, para regressar ao seu posto de professor em Harvard.
Esta novidade não trás apenas rosas. Mas sejamos positivos - coisa que escasseia neste nosso país, por contraponto aos profetas desgraçadinhos - e lanço-me à boa-nova: Larry Summers deixa a Casa Branca! O aprendiz de Greenspan, tão próximo do consenso de Washington e das maravilhas do mercado, do grupo de génios iluminados que negaram a chegada óbvia da grande crise de 2008 na década que a antecedeu, deixa de soprar conselhos a Obama.
Mas o curriculum do Sr. Summers não fica por aqui. Harvard, alma mater para onde anseia voltar, já o teve como Reitor (2001 a 2006). O clímax de um mandato de tolerância e civismo foi a afirmação peremptória de que as diferenças genéticas tornam as mulheres menos aptas para as engenharias e a matemática e, logo, para ocupar cargos importantes nessas áreas. Até porque têm uma responsabilidade sua de educar os filhos. Enquanto Reitor, Larry Summers entrou em conflitos com docentes afro-americanos, docentes de esquerda e contratou menos mulheres para ensinarem em Harvard.
A questão primeira, e que já fiz tantas vezes sem que alguém me oferecesse resposta cabal, é o que é que este senhor faz na Presidência Obama. Mas como o tempo não está para desdenhar de boas notícias, comemoro esta com enorme jubilo e alegria. Tal como me solidarizo com a grande Harvard e seus alunos, para onde este democrata iluminado regressa...
E não me digam que Larry Summers é apenas um rato que, metaforicamente, abandona um navio em dificuldades. A economia norte-americana demora a retomar, ou a ganhar o ritmo digno da salvadora do mundo. Mas veja-se a dívida pública dos EUA: com Regan, subiu 189 por cento; com Bush 90; com Obama 23 por cento. Não vejo muitos furos no barco.

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