27 de agosto de 2010

Hoje não acordei assim. Pois não.

Talvez porque nunca experimentei o pôr-do-sol em Zanzibar, a paisagem preferida do líder do Directório bloquista. Pergunto: não era caso para colectivizar o dito? Melhor, o acesso a tal paisagem? Esperem... caberá esta hipótese nos cânones do socialismo revolucionário que, ainda há coisa de anos, Francisco Louçã defendia? E uma viagem de um qualquer núcleo de bloquistas de base (parece que são todos) pela «Route 66», nos capitalistas EUA?
Detesto a máxima que à mulher de César mais que ser, convém parecer. Às Áfricas e aos States, nas suas férias, Deputado Louçã. Desde que depois os apóstolos não macem quando os demais que se consideram de esquerda fazem alguma coisinha que lhes pareça excessivamente capitalista ou mundano, sim?

22 de agosto de 2010

20 de agosto de 2010

Sarkozy, orgulho de seu pai Le Pen

Sarkozy serve de entretenimento ao mundo, como o seu casamento com la bela Bruni, e com os seus disparates de doméstica. Às vezes é possível esquecer que o senhor é Presidente da França. Mas o problema é que é mesmo. E reaccionário e de uma direita exercida que deve deixar Le Pen pleno de orgulho.
Os problemas com a segunda geração dos emigrantes em França - já franceses, portanto - são constantes. São incontáveis os caixotes do lixo ardidos em arredores das metrópoles. Mas a brutalidade policial na execução de uma ordem de despejo, em que vemos um polícia arrastar uma mulher de ascendência africana que tem o seu bebé às costas, e portanto a pobre criança arranha as costas pelo asfalto, era prelúdio de pior. Agora, Sarkozy avança-se ao papel de Hitlerzeco de trazer por casa: «persigam-se os ciganos», gritou do Eliseu.
Que interessa se fala de cidadão europeus, oriundos da Roménia e da Bulgária, membros de direito da UE, quase quase pleno em matéria de livre circulação de pessoas? São ilegais, são ciganos, são gente que não é bem vinda ao senhorio daqueles 165 centímetros de gente - «gente? gente não é, certamente», é caso para citar o poeta.
Expliquem-me como é que alguém acha que o projecto de Jean Omer Marie Gabriel Monnet pode estar vivo, quando o seu compatriota destroi o sonho da união desta forma? Mais vale o egoísmo pragmático da senhora Merkl, que colocou o euro ao colo. E que, goste ou deteste turcos, teve um muito pouco caucasiano Ozil a representar o melhor da Alemanha, no Mundial da África do Sul.
Bela revolução, a francesa. Como afirmou a judia alemã e fugazmente residente em Paris Hannah Arendt, a preservação da liberdade só é possível se as instituições pós-revolucionárias interiorizarem e mantiverem vivas as ideias revolucionárias. Talvez o (descendente) húngaro Sarkozy pudesse fazer estas leituras?

17 de agosto de 2010

Júlio César e Jesus...

A minha melhor amiga não pode com o Júlio César. Teorizou, na época passada, que este é filho ilegítimo do Mister Jesus, e só isso o levava a guardar, de quando em vez, a baliza do Glorioso. Pois eu acho que ela tem razão. E que o Mister nos levou a comprar o Roberto para vermos como o Júlio César é bom, e querermos todos muito que o brasileiro seja titular indiscutivel. Foram 8,5 M€ ao ar, é o que é...

2 de agosto de 2010

A morte sai à rua em dias assim...

... E nós, mortais, temos de conviver com ela.
Há pessoas que enfrentam a vida com a relatividade que lhe é inerente, mesmo sabendo a morte mais certa do que é costume.
Cadeira vazia, na SIC.
Caneta sem tinta, no seu amado DN.
Um centímetro de terra foi engolido à sua ilha natal.
Adeus, Mário. Até sempre.