27 de outubro de 2010

Desorçamento - Episódio II

O ministro Teixeira dos Santos diz-se inflexível e assume o mandato pleno nestas negociações, por parte do governo. O défice tem de ser o definido, o PSD não apresentou propostas para acomodar o importe de despesa que as sugestões impositivas que deixou na mesa significavam. E agiu, o PSD, como se fizesse um favor ao governo.
Os mercados são inflexíveis, pois são.
O PSD não tem, na minha opinião, de apresentar o encaixe substitutivo das propostas de corte de receita que fez. A arquitectura constitucional deixa ao governo a tarefa de elaborar o orçamento, e à Assembleia da República o papel de discutir, alterar e votar tal proposta orçamental.
Mas este «rame-rame» não ajuda nada nem ninguém. Estou como Belmiro de Azevedo, porque foi o único que teve a possibilidade de dizer o que tantos pensam a este respeito: estou farta. Façam passar o orçamento, e deixem-nos passar o Natal e entrar no desgraçado ano de 2011 em relativo e subjectivo sossego, votar nas presidenciais e depois voltamos às crises políticas. Vejam nestas palavras um pedido natalício antecipado.

1 comentário:

  1. Sim, que guardem a crise política para encher os jornais sangrentos de 2011!

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